Eu estava no colo da mamãe na hora de dormir. Então eu abracei ela e disse:
— Eu tô feliz, mamãe. Só tenho pensamentos bons na mente.
— Que bom, meu filho. Você deve ter sempre pensamentos bons na mente.
— Sai, sai, pensamento ruim!
Eu estava no colo da mamãe na hora de dormir. Então eu abracei ela e disse:
— Eu tô feliz, mamãe. Só tenho pensamentos bons na mente.
— Que bom, meu filho. Você deve ter sempre pensamentos bons na mente.
— Sai, sai, pensamento ruim!
— Olha filho, uma detoneira.
— Não é mamãe, você falou errado, é betoneira. Não pode falar errado.
— É, a mamãe falou errado, eu não sei todas as palavras.
— Eu sabo.
— Ah é? Você sabe? Então como é o nome daquele carro que está passando ali?
— Hummmmmmmmmm. Moto! (tinha um moto do lado do carro)
— Não, filho, aquele carro se chama Corsa. E como é o nome daquela farmácia ali na esquina?
— Droga Vaia (eu não falo bem o R).
— Viu, muito bom, essa palavra você sabia… Entendeu, nós dois estamos aprendendo as palavras. Nós não conhecemos todas elas.
Mamãe ficou perguntando tudo, a viagem toda para casa.
A mamãe disse que não estava muito bem.
— Porque, mamãe?
— Estou meio tonta, querido.
— Pode cair que eu seguro você.
Estes dias eu tava correndo muito rápido lá na casa do vovô e bati a cabeça na porta. Doeu muito e eu comecei a chorar.
O vovô Joca veio rápido e disse: “Porta feia! Porta boba! Bate na porta Heitor!” Eu fiquei muito brabo com a porta mesmo. Continue reading
Mamãe me deixou no meu quarto sozinho com uma gostosa bolacha cheia de chocolate em volta e me disse para comer direitinho.
Às vezes eu adoro esmagar as coisas moles nas minhas mãozinhas só para saber como é que é. Aquela bolacha que a mamãe disse que chama alfajor, não seria diferente. É claro que quando ela voltou todo meu cobertorzinho verde estava cheio de bolacha de chocolate. Continue reading