Eu tava na sacada do quarto da mamãe, lá em casa, e vi o Cleiton, nosso vizinho, molhando o carro dele.
— Cleiton! O que você tá fazendo?
— Oi, Heitor! Eu estou lavando o carro.
— Teu carro está sujo?
— O carro tá sujo.
— Nosso carro também tá sujo, vem lavar! (O Cleiton, começou a rir, não sei porque.)
— Quanto você me paga?
— 12 quilos.
Um dia dêsses sob a supervisão do vovô da vovó e da Vôse, o Heitor fêz um bolo de verdade. Desde quebrar os ovos, até despejar na forma.
Cada vêz que a massa ficava muito dura para mexer ele dizia: “Mais leite, mais leite!”
Depois ele viu o bolo pronto em cima da mesa, satisfeito dizia: “Coma vovó, fui eu que fiz!”
Escrito pela Vovó Jo
O papai hoje me ensinou uma brincadeira muito divertida de gato e rato. Ele faz um rabo nele mesmo: coloca um pano pendurado na parte da bunda da calça dele, e eu corro bem rápido para arrancar o rabo do rato. Eu sou o gato, é claro.
Dou tanta risada enquanto corro que nem sequer consigo correr direito. E o papai foge bem rápido e me faz passar debaixo das pernas dele. É muito engraçado!
Depois é minha vez de ser o rato e eu fujo bem rápido do papai-gato.
Mais tarde fomos ao parquinho do Bosque e tinha um montão de criança lá. Obaaaa! O papai disse que é por causa das férias. Ele falou que férias é quando as crianças não precisam ir para a escolinha. Eu acho que eu estou sempre de férias.
Eu conheci o Daniel lá e nós brincamos um montão, na areia. Depois o papai fez a gente brincar de gato e rato. Eu ri muito e corri bem longe. Depois o papai foi o rato e eu e o Daniel corremos atrás dele. Foi engraçado porque o papai virou rápido e eu trombei com o Daniel e nós caímos no chão.
Não, esse aí não sou eu
A mamãe estava me ensinando que a borboleta começa com uma lagarta, depois faz um casulo e vira uma linda borboleta.
Daí ela foi ao médico para crescer, eu disse. E o médico de borboletas olhou a barriginha, a boca o ouvido os olhos, a bunda e as asas dela. E daí ela ficou grande.
E ela queria virar uma lagarta de novo, eu disse.
Mas a mamãe falou que uma vez borboleta ela é sempre borboleta.
Escrito pelo Papai
A vida da criança deve ser uma grande brincadeira porque é nestas brincadeiras que sua existência começa a tomar contato com o mundo real. Apesar de a criança viver em um mundo de sonhos as brincadeiras a preparam para o futuro de maneira divertida.
A brincadeira é o melhor e mais inteligente modo de ensinar qualquer coisa para meu pequenino, porque estimula à alegria que deve estar imbuída em cada atividade diária, tornando-as leves e gratificantes.
É nas primeiras idades que o caráter se forma no coração infantil e as brincadeiras ensinam que desde a mais simples tarefa, até a maior das responsabilidades, deve ser cumprida com essa mesma alegria.
Devemos ser muito gratos à existência das brincadeiras. Brincar é viver, brincar é saber, brincar… é amar a aprender.
Texto de participação no concurso Discovery Kids